Estudo aponta que peixes consumidos pela população do Acre apresentam contaminação por mercúrio

Estudo aponta que peixes consumidos pela população do Acre apresentam contaminação por mercúrio

Uma pesquisa realizada pela Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca da Fundação Oswaldo Cruz (Ensp/Fiocruz), da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), Greenpeace, Iepé, Instituto Socioambiental e WWF-Brasil divulgou um dado preocupante para a população do Acre, especialmente, de Rio Branco.

O estudo revela que o Acre é um dos seis estados da Amazônia onde os peixes consumidos pela população possuem contaminação por mercúrio.

Segundo o estudo, a capital acreana tem um índice de 35,9% de limite de mercúrio aceitável.

Conforme os estudos, os peixes com índices de contaminação acima do permitido estão nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima.

“Fizemos o cálculo médio do peso corporal de cada um desses grupos, avaliamos o consumo estimado padrão em grama por dia de pescado. Baseado nos níveis de mercúrio detectados, chegamos ao número que é uma estimativa da ingestão média diária de mercúrio. Com base nessa ingestão, comparamos esse número calculado com outra referência de ingestão”, explica o pesquisador da Fiocruz, Paulo Basta.

Riscos à saúde

Altamente tóxico, o mercúrio é usado por garimpeiros que atuam ilegalmente na Amazônia durante a exploração de ouro, principalmente em territórios indígenas, como a Terra Yanomami. O metal é utilizado para separar o ouro de outros sedimentos e, assim, deixá-lo “limpo”.

Depois desse processo, o mercúrio é despejado no ambiente e, sem qualquer cuidado, e se acumula nos rios e entra na cadeia alimentar por meio da ingestão de água e peixes.

Como consequência, o mercúrio no organismo pode causar graves problemas de saúde que afetam o sistema nervoso (potencial neurotóxico), fica retido no organismo devido à capacidade de bioacumulação, além disso, a concentração aumenta em cada nível da cadeia alimentar.


Com informações do G1

Compartilhar nas redes sociais: