Segunda-feira, 6 de Maio de 2024
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Saúde

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Por que dipirona é vendida no Brasil, mas proibida nos EUA e em parte da Europa?

Disponível há um século, o remédio isento de prescrição é indicado no Brasil para tratar febre e dor — mas uma polêmica nos anos 1970 fez com que ele se tornasse praticamente desconhecido em diversos países atualmente.

Uma das soluções para aliviar febre e dor, a dipirona sempre figura na lista dos remédios mais vendidos no Brasil.

Mais de 215 milhões de doses deste medicamento foram comercializadas no país apenas em 2022, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Em outras partes do mundo, porém, a realidade é completamente distinta: em lugares como os Estados Unidos e uma parcela da União Europeia, esse fármaco está proibido há décadas.

Por trás do veto da dipirona nesses locais, está uma grande controvérsia sobre um possível efeito colateral grave da medicação: a agranulocitose, uma alteração no sangue grave e potencialmente fatal marcada pela queda na quantidade de alguns tipos de células de defesa.

Mas o que há de evidência científica por trás dessa alegação? E em que casos esse remédio realmente faz a diferença?

Para entender essa história, é preciso conhecer o mecanismo de ação desse remédio.

Funcionamento misterioso

A dipirona foi criada em 1920 pela farmacêutica alemã Hoechst AG. Dois anos depois, ela já estava disponível nas drogarias, inclusive no Brasil.

Ela ficou conhecida pelo nome comercial Novalgina, que hoje pertence ao laboratório francês Sanofi.

Outros remédios populares que trazem dipirona são o Dorflex (também da Sanofi) e a Neosaldina (da Hypera Pharma).

Todos eles estão disponíveis nas farmácias e não precisam de receita médica para serem comprados pelos consumidores.

 
Mas é importante sempre conversar com o farmacêutico para entender se aquela opção é mesmo a melhor para o seu caso específico.
Danyelle Marini, diretora do Conselho Regional de Farmácia de SP

E, apesar dos 100 anos de história, a forma como esse fármaco funciona para baixar a febre e aliviar a dor ainda está cercada de mistérios.

A farmacêutica bioquímica Laura Marise, doutora em Biociências e Biotecnologia, explica que a principal suspeita é que a dipirona atue contra uma molécula inflamatória conhecida como COX.

“A hipótese é que ela iniba a COX, inclusive um dos tipos dessa molécula que é exclusivo do sistema nervoso central, o que aliviaria a inflamação por trás da febre e da dor”, diz ela.

A proibição

  A dipirona estava amplamente disponível em boa parte do mundo até meados dos anos 1960 e 1970, quando começaram a surgir os primeiros estudos que criaram o alerta sobre o risco de agranulocitose.

Um trabalho publicado em 1964 calculou que essa alteração sanguínea grave acontecia em um indivíduo para cada 127 que consumiam a aminopirina — uma substância cuja estrutura é bem parecida à da dipirona.

“Tendo como base essa semelhança química, os autores não fizeram distinção entre as duas moléculas e assumiram que os dados obtidos para a aminopirina seriam também aplicáveis à dipirona”, aponta um artigo da Universidade Federal de Juiz de Fora e da Universidade de São Paulo, publicado em 2021.

A partir dessa e de outras evidências, a Food and Drug Administration (FDA), a agência regulatória dos Estados Unidos, decidiu que a dipirona deveria ser retirada do mercado americano em 1977.

Pouco depois, outros países tomaram a mesma resolução, como foi o caso da Austrália, do Japão, do Reino Unido e de partes da União Europeia.

“E a proibição dela aconteceu justamente nos países que mais fazem pesquisas de eficácia e segurança sobre medicamentos”, destaca Marise.

Segundo ela, isso diminuiu o interesse em fazer testes e investigações sobre a dipirona — o que fez o fármaco se tornar praticamente desconhecido nesses lugares desde então.

A partir dos anos 1980, começaram a surgir novas evidências sobre a segurança da medicação — que jogaram mais controvérsia na discussão.

O Estudo Boston, por exemplo, foi realizado em oito países (Israel, Alemanha, Itália, Hungria, Espanha, Bulgária e Suécia) e envolveu dados de 22,2 milhões de pessoas.

Os resultados encontraram uma incidência de 1,1 caso de agranulocitose para cada 1 milhão de indivíduos que usaram a dipirona — o que é considerada uma frequência bem baixa.

Em Israel, uma investigação realizada com 390 mil indivíduos hospitalizados calculou um risco de 0,0007% de desenvolver essa alteração no sangue e de 0,0002% de morrer por causa desse evento adverso.

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Dia Mundial da Hipertensão: o que acontece no organismo de uma pessoa com pressão alta? Leia e saiba

A elevação sustentada dos níveis de pressão arterial define a hipertensão, também conhecida como pressão alta. São consideradas hipertensas as pessoas que apresentam pressão igual ou maior que 14 por 9.

A doença é considerada silenciosa, uma vez que pode não apresentar sintomas ao longo dos anos. No entanto, a condição aumenta os riscos de desenvolvimento de outras doenças cardiovasculares e renais, além de ser comumente associada a outros problemas crônicos e a eventos como morte súbita, acidente vascular cerebral, infarto, insuficiência cardíaca e doença arterial periférica.

O Dia Mundial da Hipertensão, celebrado nesta quarta-feira (17), promove a conscientização sobre os cuidados e a prevenção da doença que afeta mais de 38 milhões de pessoas no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde.

O problema de saúde é um dos principais fatores de risco para a ocorrência de doenças cardiovasculares, como acidente vascular cerebral, infarto agudo do miocárdio, aneurisma arterial e perda da função dos rins e insuficiência cardíaca.

Na maior parte dos casos, é uma doença sem sintomas. Alguns pacientes podem apresentar sinais quando há elevação da pressão arterial de forma abrupta ou quando já existe algum tipo de comprometimento de órgãos. Nesses casos, os sintomas mais comuns são dor de cabeça — especialmente na região da nuca, tonturas, zumbido no ouvido, fraqueza e visão embaçada.

Controle da pressão
A pressão alta não tem cura, mas pode ser controlada a partir de tratamento com medicamentos e a adoção de hábitos saudáveis de alimentação e atividade física.

Além dos medicamentos disponíveis atualmente, que só devem ser adotados a partir da recomendação médica, o Ministério da Saúde recomenda o controle de peso, a redução do consumo de sal e de temperos industrializados.

Ainda sobre a alimentação, deve-se evitar o consumo de ultraprocessados, priorizando alimentos naturais e ampliando o consumo de frutas, verduras, legumes, produtos lácteos com baixo teor de gordura, cereais integrais, peixes, aves e oleaginosas (castanhas, amendoim, nozes).

Frutas como banana, laranja-pera, mexerica ou tangerina, mamão formosa, goiaba, abacate, melão e oleaginosas (castanhas, amendoim, nozes) contribuem para maior ingestão de potássio, que podem auxiliar no manejo da pressão arterial.

Fatores de risco
A pressão alta é uma condição crônica com múltiplos fatores de risco, como fatores genéticos e comportamentais.

Segundo o Ministério da Saúde, os principais fatores de risco para a hipertensão arterial são: alimentação inadequada baseada em alimentos ultraprocessados, o uso nocivo de álcool, tabagismo, sobrepeso e obesidade, além da inatividade física.

“Estima-se que um terço dos casos de hipertensão guarde alguma relação com a obesidade que, por diversos mecanismos, contribui para a ocorrência da doença, sendo considerado um dos seus principais fatores de risco, tanto em adultos como em crianças”, afirma o médico e cirurgião-geral Leonardo Emilio.

Por CNN

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Para custear cirurgia de criança de apenas 6 anos, família fará feijoada beneficente na Baixada da Sobral

A família do pequeno Enzo Gabriel, de 6 anos e morador da Baixada da Sobral, realizará no dia 1º de Julho, a partir das 12h, uma feijoada beneficente para custear duas cirurgias que a criança precisa fazer urgentemente: uma de adenóide e outra de amígdalas.

A feijoada será delivery e a porção, que custará R$ 40,00 serve até duas pessoas. Os acompanhamentos são: feijoada, arroz, farofa, couve e laranja.

Os interessados em fazer sua reserva pode entrar em contato com o telefone (68)99912-5885.

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