A funcionária pública Joelma Dantas, mãe do pequeno Théo, que morreu por falta de UTI infantil no Pronto Socorro de Rio Branco no começo do mês, vítima da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) fez um relato emocionante em uma rede social.
Joelma acusa o Estado de negligência na morte de seu filho e de mais 10 crianças e clama por punição para aqueles que, segundo ela, e o próprio Sindmed, que fez um vídeo que circula nas redes sociais, foram os responsáveis pela morte de seu filho, de apenas 10 meses de vida.
"Meu filho, só estou de pé pra ver quem te tirou de mim por ganância ser punido. Por justiça eu enfrento qualquer pessoa deste mundo. Eu não tenho medo. Pela ganância dos homens me privaram de ouvir tua voz, ver teus primeiros passos e te levar ao primeiro dia de aula. Me privaram de tudo que sonhei viver contigo.
A mamãe sente tanta saudade, tanta, que às vezes a dor sufoca e rasga a alma.
Eu não consigo aceitar que te levei nos braços ao hospital e em poucas horas trouxe um caixão. Você não merecia isso, meu filho amado! A mamãe te pede perdão por não ter te protegido. Por não ter podido te salvar daquele matadouro. O coração lateja de dor e saudade. Mas, vou lutar todo dia pra que eles paguem. Deus, guarda metade do meu coração aí contigo! Não vejo a hora de te encontrar na eternidade, onde os homens gananciosos, que roubam dinheiro dos humildes não estarão lá.Thetéooooooooooooooo, me ajuda a aguentar!" - postou Joelma.
Se não bastasse a dor inimaginável de perder um filho, Joelma Dantas ainda tem repelido os ataques de integrantes do Governo e de algumas pessoas que a acusam de fazer política em cima da morte dos bebês.
"Jamais faria isso. Luto por Justiça e para que outras mães não venham a sofrer o mesmo que eu e as mães das crianças mortas diante desse Governo irresponsável" - disse.
A luta de Joelma Dantas e das mães que perderam seus bebês por Justiça sensibilizou toda a sociedade acreana e ganhou apoio maciço nas redes sociais, causando grande desgaste na gestão Gladson Cameli.
Aterrorizados com a repercussão do caso, cargos comissionados da gestão Cameli foram orientados, segundo informações, a evitar ataques a Joelma e às mães que perderam seus filhos, com medo de ampliar mais e mais o desgaste à fraca gestão do governador, que ainda não exonerou a Secretária de Saúde, após a morte dos bebês.
