O que leva os acreanos ignorarem os riscos da COVID-19? Os 79% de bolsonaristas no Acre explica tudo isso
Com mais de 800 mortes e 42 mil casos de infectados pela COVID-19, o estado de apenas 900 mil habitantes parece ter perdido o medo da maior tragédia sanitária dos últimos 100 anos. Alinhados com discurso adotado pelo presidente Bolsonaro, alguns parecem ter decidido enfrentar o vírus de peito aberto.
É certo que muitas medidas restritivas trouxeram resultados e o Acre não viveu caos semelhante ao Amazonas, Amapá, Roraima e Rio de Janeiro. Os decretos de isolamento social evitaram uma tragédia inimagináveis, mas por outro lado enfrentou muita resistência por parte de uma parcela significativa da sociedade.
Há aqueles que não se importam com a dor e sofrimento de quem perdeu e não sequer velou seu ente querido;
Há aqueles que enquanto não morre um dos seus ele não compreende o perigo e o tamanho da dor;
Há aqueles que acham que por ser saudável, não tem perigo se pegar, por isso defende Bares e clubes funcionando normalmente;
Há os mais ignorantes que acham que só por ser um templo de orações e preces, a Igreja lotada não oferece perigo;
Há aqueles que insistem em ir passear no Shopping, até beijam sua vozinha ou mãe quando retornam;
Há aqueles que dizem. Eu estou entediado e se morrer, fazer o que né? Ninguém nasceu para semente.
Por outro lado, há quem alimente essa ignorância criminosa. O presidente da República Jair Bolsonaro, faz questão de debochar e ignorar a tragédia sanitária enfrentada pelos brasileiros. Enquanto líderes mundiais são os maiores militantes na busca para imunizar seu povo, Bolsonaro faz uma campanha anti-vacina e assume um papel altamente de irresponsabilidade.
Por ser o Estado que deu 79% de votos para Bolsonaro em 2018, essa atitude dele influencia diretamente na opinião de milhares de acreanos, em relação a vacina, que é tratada como veneno de maneira criminosa.
Enquanto o povo segue anestesiado e hipnotizado pela irresponsabilidade de Bolsonaro, milhares de brasileiros sofrem a dor da perca, outros a tensão dos leitos de UTI Brasil a fora.
O que nos levar a crer é que, as instituições de poder, como Congresso Nacional e STF, devam tomar medidas e ajudem a evitar uma tragédia proposital em nossa País.
Por Francisco Panthio, Ativista Político
Foto da capa: Sérgio Vale