Por Wagner Lopes, do Tribuna do Acre
Os espaços públicos voltados ao lazer quando bem cuidados, atraem adultos e crianças para que possam relaxar, praticar exercícios físicos e fugirem um pouco da rotina exaustiva de trabalho e estudo que a era moderna impõe aos adultos e as crianças.
Mas esses privilégios são negados aos moradores do maior conglomerado de bairros da capital, a região periférica da Baixada da Sobral, com mais de 100 mil habitantes.
Para praticarem exercícios para concorrerem em concursos públicos que exigem o Teste de Aptidão Física (TAF), os moradores da Sobral tem que se deslocar para locais vips de Rio Branco, como por exemplo, o Parque do Tucumã.
Apesar de ter uma área de terra extensa que pode ser aproveitada para anexar várias pistas de corrida como tem na Universidade Federal do Acre (UFAC), anexar dezenas de equipamentos para a realização de barras, abdominal ou qualquer outra coisa que possibilite a prática de exercícios físicos, ou construir uma Concha Acústica para fomentar a cultura na favela, os moradores da Baixada simplesmente são ignorados pelo poder público e não possuem os mesmos privilégios que os moradores do bairros ditos "de elite" tem, como belos parques e locais agradáveis para suas crianças brincarem.
Isso sem falar dos espaços voltados para crianças da periferia brincarem. No antigo Ceja do Aeroporto Velho, na Baixada da Sobral, os balanços e os escorregadores estão totalmente deteriorados. A crianças da maior periferia do Acre estão abandonadas pela Prefeitura de Rio Branco.
O Horto Florestal, embora o descaso seja com menos intensidade do que no Ceja da Sobral, ainda há equipamentos que impossibilitam o uso dos adultos, para a prática dos exercícios físicos.
As imagens da capa desta matéria são o retrato real do abandono no antigo Ceja, na Sobral, e do Horto Florestal.
As fotos registradas na manhã deste sábado (28) mostram que no Ceja, foi realizado o serviço de roçagem, mas o equipamentos para o entretenimento do público infantil está totalmente deteriorado. E faz tempo.
