Por Wagner Lopes, do Tribuna do Acre
Uma grande multidão de militares lotaram a frente do Palácio Rio Branco na manhã desta quinta-feira (24) em protesto pelo não cumprimento de promessas feitas pelo Governador Gladson Cameli à classe.
Os militares lutam pelo pagamento da Titulação, e isonomia com a Polícia Civil, dentre outras.
Deputado estadual e representante dos militares na Aleac, Cadmiel Bomfim havia pedido a adesão dos militares no manifesto na sessão remota da Aleac na última quarta-feira (23).
No discurso para a multidão, Cadmiel condenou a falta de respeito do Governo com os militares deixou claro que sempre defenderá os interesses da classe:
"A queda dos números violentos no Estado é por causa de vocês, que estão dia e noite nas ruas, para dar segurança para o nosso Estado. E é isso que nós estamos cobrando aqui: respeito por parte do Governador. Todos são testemunhas da nossa luta ali na Assembleia Legislativa, sempre procurando negociar com o governo as nossas pautas. Sempre lutamos por melhorias para nossa Polícia, para o nosso Bombeiro, pedindo sempre, a melhora salarial e foi a promessa do governador que daria o realinhamento com a Polícia Civil. E o tempo vai passando e sempre negociando, mas agora chegou o momento que não tem mais negociação. Agora o caldo vai cada vez mais engrossar" - vociferou Cadmiel.
O parlamentar parabenizou os militares pela adesão e disse que a manifestação já pode ser considerada a maior manifestação dos militares estaduais de todos os tempos. Cadmiel exige que o Governo cumpra suas promessas e pare de "fazer gracinha" com as pautas dos militares.
Grande multidão de militares lota frente do Palácio Rio Branco em manifestação contra Governo Gladson Cameli/Foto: Sirnande Melo
"Já consideramos essa manifestação a maior da história dos militares, e estamos aqui, todos os militares para dizer para o governador: não dá mais da maneira que está e exigimos respeito da parte do governo, que tem tratado os militares com deboche, fazendo gracinha nas nossas formaturas, enquanto estamos lutando por coisa séria, colocando as nossas vidas em defesa da população. Não aceitamos mais o tratamento que temos tido. O que nos interessa é a melhoria salarial e é por isso que estamos lutando aqui, e vamos até o fim e com certeza, esse movimento está apenas começando. Daqui pra frente vamos aumentar mais a adesão a esse movimento e nós só vamos parar quando tivermos uma resposta positiva por parte do Governo. Se tivermos que paralisar, nós vamos paralisar, se tivermos que acampar, nós vamos acampar na frente do Palácio! É o governo que vai escolher, se quer os militares com ele ou contra ele" - finalizou.
