O bilionário FNDE virou emblema da "terceirização" do governo para o Centrão e também da estratégia de "descentralizar" a corrupção
O governo de Jair Bolsonaro terceirizou ao Centrão o comando do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), como parte de uma estratégia para “descentralizar a corrupção”, diz a Crusoé.
“Faz dois anos que o chefe da Casa Civil e o ‘dono’ do PL replicam o método do apadrinhamento no FNDE. O fundo é presidido desde junho de 2020 por Marcelo Lopes da Ponte, ex-chefe de gabinete de Ciro Nogueira (foto) no Senado. Valdemar, por sua vez, também tem lá um homem de sua extrema confiança aboletado em uma das principais diretorias. Há, ainda, outros dirigentes indicados pelo Centrão.”
“Considerado uma espécie de ‘banco da Educação’, o FNDE tem um orçamento que, para este ano, está estimado em nada menos que 64,8 bilhões de reais. Os indícios de irregularidades envolvendo os recursos do fundo atingem praticamente todos os seus principais programas: vão de compra superfaturada de ônibus escolares, merenda e equipamentos para aulas de robótica até a liberação de dinheiro para a construção de escolas que não saem do papel em municípios comandados por prefeitos aliados.”
O Antagonista