Por G1
Pesquisa da Faculdade de Saúde Pública da USP em parceira com ONG ligada à área dos direitos humanos analisou atos, normativas e propagandas divulgados entre fevereiro de 2020 e maio de 2021.
Um estudo da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) em parceria com a organização não-governamental Conectas Direitos Humanos mapeou os atos normativos e as propagandas feitas pela administração federal do Brasil durante a pandemia da Covid-19. O relatório concluiu que o governo "optou por favorecer a livre circulação do novo coronavírus, sob o pretexto de que a infecção naturalmente induziria à imunidade dos indivíduos".
A pesquisa foi feita com base em documentos públicos, que foram analisados por uma equipe com especialistas em saúde, direito, ciência política e epidemiologia. Eles investigaram os registros de normas federais, jurisprudência, discursos oficiais e manifestações públicas das autoridades.
Nesta segunda-feira (7), uma das autoras, a professora Deisy Ventura, informou que o documento foi encaminhado para a CPI da Covid. Em reunião virtual neste domingo (6), o chamado "G7", grupo majoritário da comissão, decidiu abrir novas frentes de investigação e convocar a médica Ludhmila Hajjar, que rejeitou convite para ser ministra da Saúde. Além disso, Osmar Terra (MDB-RS) — apontado como articulador do chamado "gabinete paralelo" da Saúde — também deverá ser convidado.