Profissionais alegam que baixo número de servidores faz com que técnicos cuidem de até de 7 pacientes
Com a chegada de uma segunda de contaminação da Covid-19 no Acre, aumenta a preocupação dos servidores que trabalham no Instituto de Traumatologia e Ortopedia (Into). O Hospital de Campanha montando no local é a principal referência para o tratamento da pandemia no estado. Acontece que os servidores têm uma preocupação maior do que apenas atender os pacientes.
O ac24horas recebeu relatos de diversos servidores que denunciam carga excessiva de trabalho e atraso no pagamento. O descaso, de acordo com alguns é tamanho, que já existe a ameaça de denúncia ao Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), caso providências não sejam adotadas pela empresa que administra a unidade de saúde.
Outro questionamento é a falta de equipamentos. De acordo com o relato de outro servidor, pacientes “apertados” fazem xixi nos cestos de lixo por causa da quantidade insuficiente de papagaio e comadre hospitalar que são usados para pacientes com dificuldade de levantar do leito até o banheiro.
Há ainda o relato do atraso de pagamento de salários. A reportagem recebeu relatos e prints de conversas em um aplicativo de celular, onde servidores relatam que estão com salários atrasados.
O ac24horas entrou em contato com Antônio Carlos, diretor da Mediall Brasil, que negou as denúncias. “Não existe atraso salarial de nenhum profissional CLT, e obedecemos rigorosamente à legislação de quantitativo assistencial e ademais somos fiscalizados frequentemente por todos os conselhos de classe. Nenhuma das denúncias procede”, afirma.
Por Leônidas Badaró
Ac24horas