A burocracia é só o que separa 800 agricultores e o título de propriedade de seus lotes, segundo pronunciamento feito na Aleac nesta terça-feira, 19, pelo deputado Sargento Cadmiel Bomfim (PSDB). O parlamentar se refere às famílias assentadas na Gleba Morungaba, em Tarauacá, e que dependem destes títulos para a contratação de financiamentos para incrementar a produção e, consequentemente, gerar mais emprego, renda e tributos para o Estado do Acre.
De acordo com o parlamentar, o Iteracre (Instituto de Terras do Estado do Acre) explicou que o Incra só poderá emitir os títulos após uma atualização do georreferenciamento de cada lote. “O Iteracre tem os profissionais, tem os equipamentos, tem as caminhonetes, mas não tem recursos segundo me disse seu presidente, o Alírio”, comentou Sargento Cadmiel.
Em seu pronunciamento, o deputado demonstrou surpresa ante o argumento, pois tudo o que falta para a atualização do georreferenciamento é recurso para o deslocamento dos funcionários, ou seja, diárias de viagem.
“Quanto isso custaria para o Estado? Coisa de 100 mil reais? Não creio que isso seja impedimento para a execução de um trabalho tão importante e que vai impactar profundamente na vida de 800 famílias e na economia de um município e no Estado”, argumentou Sargento Cadmiel.
O deputado disse, porém, acreditar que não é por má vontade, mas apenas por um exagero na burocracia que um procedimento tão simples esteja demorando tanto. “Sem os títulos definitivos os agricultores ficam amarrados, não conseguem financiamentos maior do que 100 mil reais, quando poderiam ter até 1 milhão de reais para aumentar a produção, gerar mais emprego, renda e receitas para o Estado”, concluiu ele.
Dora Monteiro
Assessoria