Desorganização e falta de campanha de divulgação transformam a vacinação em uma grande trapalhada na gestão Bocalom

Desorganização e falta de campanha de divulgação transformam a vacinação em uma grande trapalhada na gestão Bocalom

Bagunça

O Drive Thru da Secretaria Municipal de Saúde, virou um Drive Mess, ou Drive Bagunça em livre tradução. Faltou informação, sobrou congestionamento e até a polícia foi acionada. No local de vacinação, o cartaz de cartolina amarela informava: “Vacinação Idosos a partir de 74 anos”. Mais um pouco e a prefeitura de Rio Branco desenterra o mimeógrafo-aparelho para reproduzir textos, muito usado nas décadas de 1970/1980 e aposentado há décadas. Se fosse um filme poderia se chamar “Acrelândia, mon amour”

...e eficiência

A vacinação na Policlínica da Polícia Militar, foi o oposto, tranquila e organizada. Mas também por causa dela, o Secretário Municipal de Saúde, Frank Lima, foi convocado pela Assembleia Legislativa. O diretor da Policlínica, coronel Wagner Estanislau, disse aos deputados da Comissão de Acompanhamento da Covid, que os estagiários só foram vacinados por causa da autorização das Secretarias de Saúde do estado e do município. O coronel jogou areia na massa homogênea das responsabilidades, mas não escapou da reprimenda do deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB): “Enquanto os estagiários da Policlínica estavam sendo vacinados, os funcionários das empresas terceirizadas que trabalham na limpeza das UPAs em contato direto com pacientes de covid, estavam colocando suas vidas em risco e sem previsão de serem vacinados”. Aliás, a situação dos trabalhadores das empresas terceirizadas é desumana. Além de ganharem menos que os funcionários estaduais e municipais, ainda têm que comprar seus próprios equipamentos de proteção e não estão na lista de prioritários para a vacinação apesar do contato direto com pacientes contaminados.

Mata

A covid-19, mata. Nesta quinta-feira, foram registradas mais 7 mortes pela doença no Acre. Se alinhássemos todos os 250 mil mortos por covid no Brasil, veríamos que daria para lotar três Maracanãs. O número de mortos por covid-19 no Brasil equivale à aniquilação de um país pequeno, como São Tomé e Príncipe, na África. Frente a esses números, flexibilizações são como usar band-aid como fralda. Da mesma maneira, ampliar número de leitos sem equipamentos, medicamentos, suprimento de oxigênio e sem equipe humana, não combaterá o problema. Nada disso diminui a transmissão do vírus.

Por Angélica Paiva, do Notícias da Hora Coluna da Angélica 

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