Mesmo com rejeição alta à sua administração, Bocalom tem como meta garantir a reeleição e depois disputar o Senado, tomando possível vaga de Petecão

Mesmo com rejeição alta à sua administração, Bocalom tem como meta garantir a reeleição e depois disputar o Senado, tomando possível vaga de Petecão

O prefeito Tião Bocalom (PP) não entendeu o recado que os eleitores deram à sua administração nas pesquisas de opinião realizadas pelas principais agências de pesquisas do Acre (Delta e Data Control) e seu otimismo subiu até as nuvens. O gestor estabeleceu como meta ser reeleito e, por conseguinte, disputar o Senado, passando o trator nas aspirações do seu aliado e atual senador Sérgio Petecão, uma espécie de mentor de Bocalom.  

Nas eleições de 2026 (muito distantes, ainda) haverá duas vagas para o Senado, sendo o atual governador Gladson Cameli (PP) que mal começou seu segundo mandato de governador, deverá ser o candidato franco favorito a papar uma cadeira, tendo em vista sua grande aceitação popular. Sozinho, Gladson Cameli derrotou todos os partidos de oposição com seu carisma e conseguiu, com folga, se reeleger. A batalha pela segunda cadeira deverar ser entre Petecão, seu aliado Bocalom e Márcio Bittar. 

Mas, antes disso, Bocalom precisa, primeito, travar a batalha pela reconquista da Prefeitura de Rio Branco.

Suas metas passarão por testes já no ano que vem, onde ocorrerá a batalha pela reeleição. O atual prefeito, desgastado politicamente e enfrentando uma rejeição recorde, foi considerado por internautas um prefeito pior que Mauri Sérgio, que foi ex-prefeito de Rio Branco. Sua administração é rejeitada por 44,77% da população da Capital, disse o Data Control. 

Analistas políticos dizem que o rompimento político entre Petecão e Bocalom é só questão de tempo. Nuvens tenebrosas podem molhar as aspirações do velho Boca de conquistar a prefeitura mais uma vez, pois Petecão é considerado seu mentor e muitos atribuem sua vitória em 2020 a ele. Se for considerado traidor de Petecão, a canoa de Bocalom pode afundar politicamente e sua reeleição, que já é difícil, pode ficar extremamente improvável. 

As agruras de Bocalom não param por aí: poderá enfrentar o ex-prefeito Marcus Alexandre, o homem que a população de Rio Branco clama para substituí-lo no comando do município. Carismático, Chame Chame conquistou a periferia de Rio Branco, tomando café nas casas das pessoas simples. Ele diz que não quer, mas o velho guerreiro Ulysses Guimarães já falou que em política, até a vaca pode voar. Portanto, analistas veem sua candidatura como certa. Socorro Neri poderá entrar no páreo pela disputa da Prefeitura. É considerada competente e boa gestora, e sua quantidade de votos na Câmara Federal comprovou isso. Foi a mais votada. 

As metas do Bocalom são, na verdade, aquela versão tupiniquim daquele filme do Tom Cruise: Missão Impossível. 

 

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