Protocolada há quase um mês, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apuraria o sistema do transporte coletivo da capital se encontra parada na Câmara de Vereadores de Rio Branco.
Apesar da CPI ter aval e parecer jurídico para a criação, os partidos políticos que têm representatividade na Casa Legislativa ainda não enviaram o nome dos integrantes da comissão, portanto, deixando a CPI no limbo, já que não existe a prescrição da comissão.
Em reservado, os vereadores afirmam que a resistência em indicar os membros da Comissão ocorre pelo temor e desgaste da CPI, já que se fosse instalada, o transporte coletivo pararia e nenhum vereador da comissão quer ser visto pela população como o parlamentar que deixou Rio Branco sem transporte coletivo.
Segundo alguns vereadores, o início dos trabalhos da Comissão deixaria Rio Branco sem funcionamento do transporte e em meio a pandemia que o sistema já se encontra em uma situação ruim, ficaria deplorável.
Até o momento, o que se sabe é que apenas o PDT formalizou a indicação de Michelle Melo (PDT) para a composição da CPI e que o MDB formalizará a indicação do vereador Emerson Jarude e os outros partidos deram ainda não indicaram os seus respectivos membros. A CPI teria cinco membros, mas até o momento, só houve a indicação formal de apenas uma parlamentar.
A CPI foi apresentada pela vereadora MIchelle Melo (PDT) que conseguiu nove assinaturas no dia 19 de agosto. Assinaram abertura da CPI os vereadores: Emerson Jarude (MDB) Adailton Cruz (PSB), Ismael Machado (PSDB), Fábio Araújo (PDT), Lene Petecão (PSD), Joaquim Florêncio (PDT), Francisco Piabá (DEM), Hildegard Pascoal (PSL) e Michelle Melo (PDT).
Na época, a parlamentar afirmou que com a inércia do prefeito Tião Bocalom, o objetivo é finalmente abrir a tão propalada “caixa-preta” do transporte coletivo. A vereadora destacou que a abertura da CPI ocorre em razão das situações dos trabalhadores e da população da capital.
“Hoje é um dia de comemoração para a população de Rio Branco. Nesta CPI, iremos investigar todas as denúncias e esclarecer de uma vez por todas o que acontece com o transporte público de Rio Branco”, afirmou à época.
Por Lucas Vítor/Ac24horas
Foto: Sérgio Vale
